A discalculia é um
problema causado por má formação neurológica que se manifesta como uma
dificuldade no aprendizado dos números. Essa dificuldade de aprendizagem não é
causada por deficiência mental, má escolarização, déficits visuais ou auditivos,
e não tem nenhuma ligação com níveis de QI e inteligência. Crianças portadoras
de discalculia são incapazes de identificar sinais matemáticos, montar
operações, classificar números, entender princípios de medida, seguir
sequências, compreender conceitos matemáticos, relacionar o valor de moedas
entre outros. Ladislav Kosc descreveu seis tipos de discalculia: a discalculia
léxica, discalculia verbal, discalculia gráfica, discalculia operacional,
discalculia practognóstica e discalculia ideognóstica. Discalculia léxica:
dificuldade na leitura de símbolos matemáticos; Discalculia verbal: dificuldades
em nomear quantidades matemáticas, números, termos e símbolos; Discalculia
gráfica: dificuldade na escrita de símbolos matemáticos; Discalculia
operacional: dificuldade na execução de operações e cálculos numéricos;
Discalculia practognóstica: dificuldade na enumeração, manipulação e comparação
de objetos reais ou em imagens; Discalculia ideognóstica: dificuldades nas
operações mentais e no entendimento de conceitos matemáticos. Para que o
professor consiga detectar a discalculia em seu aluno é imprescindível que ele
esteja atento à trajetória da aprendizagem desse aluno, principalmente quando
ele apresentar símbolos matemáticos malformados, demonstrar incapacidade de
operar com quantidades numéricas, não reconhecer os sinais das operações,
apresentar dificuldades na leitura de números e não conseguir localizar
espacialmente a multiplicação e a divisão. Caso o transtorno não seja
reconhecido a tempo, pode comprometer o desenvolvimento escolar da criança, que
com medo de enfrentar novas experiências de aprendizagem adota comportamentos
inadequados, tornando-se agressiva, apática ou desinteressada. O psicopedagogo é
o profissional indicado no tratamento da discalculia, que é feito em parceria
com a escola onde a criança estuda. Geralmente os professores desenvolvem
atividades específicas com esse aluno, sem isolá-lo do restante da turma. Por
Paula Louredo


Nenhum comentário:
Postar um comentário